foto: Camila Pierobon
Deliciosa a sensação de partida. Mistura de sonhos, não meu, apenas, mas de inúmeras pessoas que se realizariam nesta viagem, mistura de medos, ânsias, alegrias, tremores estomacais repentinos e flashes imaginários que afloram projetando possibilidades. O que vou encontrar nesta viagem?
Fugir da tradicional Castelo Branco e também da BR-116 foi a primeira escolha. Decidimos pela Raposo Tavares seguida pela SP-139.
Cruzar com pouquíssimos carros e algumas rurais trazia o sentimento infantil de que desbravávamos algo inexplorado. Pelo caminho, que em muitos pontos mal tinha as faixas amarelas, bicicletas, pessoas a caminho de algo, crianças, Serra de Paranapiacaba, acostamento nenhum.
Estrada tortuosa, nos alertava a placa. Terra, serra, árvores, temperatura que muda trazendo um geladinho com sol que reforça o cheiro da mata verde, nos ouvidos: Bethânia. Aroma de uva quando passávamos pelas vinícolas, jardins com hortênsias, pau de São João.
Mata Atlântica, impressão de intocada, Parque Estadual Carlos Botelho, manacás-da-serra, verde, verde samambaias, cigarras, sons-mato, borboletas, cuidado onça parda, bromélias, bicas, mirante, Vale do Ribeira, cachoeira, marias-sem-vergonha, flores brancas, flores vermelhas. Não fossem os dois carros que cruzamos nestes 40 km de terra seríamos os únicos. O bom da imaginação é que logo trabalhou para recuperar esta sensação. Alguns postes de redes de alta tensão que fazia com que eu me lembrasse de momentos da infância perto de meu pai.
Volta o asfalto, volta o calor.
Registros visuais de um tipo rural de vida que resiste sem saber. Plantações manuais, mangueira, vaca, galinha, mais bicicletas, campinho de terra, chapéu, fumo de corda, cachorro seguindo o dono, caixa d'água que vasa, facão, búfalos guiados pela mãe, menina e menino, pai na motocicleta. Rio Iguape sem mata ciliar, plantação de bananeiras.
Sol de fim de tarde que amarela o verde da estrada transpassando as árvores produzindo seqüências rápidas de sol e sombra e sol e sombra e verde-amarelo, uma cor que só existe neste momento do dia.
Jacupiranga, Pariquera-Açu, Iguape, Parque Estadual Campina do Encantado, Barra do Ribeira.
Chegamos.
Deliciosa a sensação de partida. Mistura de sonhos, não meu, apenas, mas de inúmeras pessoas que se realizariam nesta viagem, mistura de medos, ânsias, alegrias, tremores estomacais repentinos e flashes imaginários que afloram projetando possibilidades. O que vou encontrar nesta viagem?
Fugir da tradicional Castelo Branco e também da BR-116 foi a primeira escolha. Decidimos pela Raposo Tavares seguida pela SP-139.
Cruzar com pouquíssimos carros e algumas rurais trazia o sentimento infantil de que desbravávamos algo inexplorado. Pelo caminho, que em muitos pontos mal tinha as faixas amarelas, bicicletas, pessoas a caminho de algo, crianças, Serra de Paranapiacaba, acostamento nenhum.
Estrada tortuosa, nos alertava a placa. Terra, serra, árvores, temperatura que muda trazendo um geladinho com sol que reforça o cheiro da mata verde, nos ouvidos: Bethânia. Aroma de uva quando passávamos pelas vinícolas, jardins com hortênsias, pau de São João.
Mata Atlântica, impressão de intocada, Parque Estadual Carlos Botelho, manacás-da-serra, verde, verde samambaias, cigarras, sons-mato, borboletas, cuidado onça parda, bromélias, bicas, mirante, Vale do Ribeira, cachoeira, marias-sem-vergonha, flores brancas, flores vermelhas. Não fossem os dois carros que cruzamos nestes 40 km de terra seríamos os únicos. O bom da imaginação é que logo trabalhou para recuperar esta sensação. Alguns postes de redes de alta tensão que fazia com que eu me lembrasse de momentos da infância perto de meu pai.
Volta o asfalto, volta o calor.
Registros visuais de um tipo rural de vida que resiste sem saber. Plantações manuais, mangueira, vaca, galinha, mais bicicletas, campinho de terra, chapéu, fumo de corda, cachorro seguindo o dono, caixa d'água que vasa, facão, búfalos guiados pela mãe, menina e menino, pai na motocicleta. Rio Iguape sem mata ciliar, plantação de bananeiras.
Sol de fim de tarde que amarela o verde da estrada transpassando as árvores produzindo seqüências rápidas de sol e sombra e sol e sombra e verde-amarelo, uma cor que só existe neste momento do dia.
Jacupiranga, Pariquera-Açu, Iguape, Parque Estadual Campina do Encantado, Barra do Ribeira.
Chegamos.
Camila Pierobon
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